sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos pais (Robert Preis)

poema de Robert

De:
Robert Preis 


Dia dos pais

Um pai, na era patriarcal,
Tinha prestígio pleno, poder total.
Desconhecidos espermatozóides e óvulo,
Era o pai o suposto criador do “homúnculo”.
Que  ele “semeava” no “sulco” da mulher,
Na hora do “matrimonial dever”.

Os tempos mudaram e o microscópio
Revelou pormenores espantosos, qual zootrópio:
Os cromossomos e o mundo do genoma...
(O orgulho masculino entrou em coma.)
Perante a importância superior maternal,
O “pátrio poder” caiu na real.

Surgiu entre as jovens mulheres, de repente,
O tal “modo de produção independente”,
Mas o que mais arrasou o homem no nosso planeta
Era a criação de bebês numa simples proveta.
Duvidava-se, até, se, daqui em diante,
Precisavam do macho para gerar um infante.

Festejamos, por isso, menos o pai,
Muito menos o macho forte,
A nossa homenagem mais vai
Para o “príncipe consorte”.
Robert Preis, 2/7/2007


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